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1.
Rev Saude Publica ; 56: 105, 2022.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-36515307

RESUMO

OBJECTIVE: Describe the temporal evolution of morbimortality due to Covid-19 and vaccination coverage during the health emergency in Brazil. METHODS: Number of cases and deaths due to Covid-19 were extracted from the public panel of the Brazilian Ministry of Health, according to epidemiological week (EW) and geographic region. Data on vaccines and variants were obtained, respectively, from the Information System of the National Immunization Program and the Genomic Surveillance System of SARS-CoV-2. RESULTS: Three peaks of deaths characterized the evolution of the Covid-19 pandemic: in EW 30 of 2020, in the EW 14 of 2021 and in the EW six of 2022; three case waves, starting in the North and Northeast regions, with higher rates in the third wave, mainly in the South region. Vaccination started in the epidemiological week three of 2021, rapidly reaching most of the population, particularly in the Southeast and South regions, coinciding with a reduction exclusively in the mortality rate in the third wave. Only from the beginning of the second wave, when Gama was the dominant variant, 146,718 genomes were sequenced. From the last EW of 2021, with vaccination coverage already approaching 70%, the Omicron variant caused an avalanche of cases, but with fewer deaths. CONCLUSIONS: We noticed the presence of three waves of Covid-19, as well as the effect of immunization on the reduction of mortality in the second and third waves, attributed to the Delta and Omicron variants, respectively. However, the reduction of morbidity, which peaked in the third wave during the domination of the Omicron variant, remained the same. The national and centralized command of the pandemic confrontation did not occur; thus, public administrators took the lead in their territories. The overwhelming effect of the pandemic could have been minimized, if there had been a coordinated participation of three spheres of the Brazilian Unified Health System administration, in the joint governance of the pandemic fight.


Assuntos
COVID-19 , Humanos , COVID-19/epidemiologia , COVID-19/prevenção & controle , Pandemias/prevenção & controle , SARS-CoV-2 , Brasil/epidemiologia , Imunização , Vacinação
2.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 105, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1410046

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE Describe the temporal evolution of morbimortality due to Covid-19 and vaccination coverage during the health emergency in Brazil. METHODS Number of cases and deaths due to Covid-19 were extracted from the public panel of the Brazilian Ministry of Health, according to epidemiological week (EW) and geographic region. Data on vaccines and variants were obtained, respectively, from the Information System of the National Immunization Program and the Genomic Surveillance System of SARS-CoV-2. RESULTS Three peaks of deaths characterized the evolution of the Covid-19 pandemic: in EW 30 of 2020, in the EW 14 of 2021 and in the EW six of 2022; three case waves, starting in the North and Northeast regions, with higher rates in the third wave, mainly in the South region. Vaccination started in the epidemiological week three of 2021, rapidly reaching most of the population, particularly in the Southeast and South regions, coinciding with a reduction exclusively in the mortality rate in the third wave. Only from the beginning of the second wave, when Gama was the dominant variant, 146,718 genomes were sequenced. From the last EW of 2021, with vaccination coverage already approaching 70%, the Omicron variant caused an avalanche of cases, but with fewer deaths. CONCLUSIONS We noticed the presence of three waves of Covid-19, as well as the effect of immunization on the reduction of mortality in the second and third waves, attributed to the Delta and Omicron variants, respectively. However, the reduction of morbidity, which peaked in the third wave during the domination of the Omicron variant, remained the same. The national and centralized command of the pandemic confrontation did not occur; thus, public administrators took the lead in their territories. The overwhelming effect of the pandemic could have been minimized, if there had been a coordinated participation of three spheres of the Brazilian Unified Health System administration, in the joint governance of the pandemic fight.


RESUMO OBJETIVO Descrever a evolução temporal da morbimortalidade por covid-19 e da cobertura vacinal no período da emergência sanitária no Brasil. MÉTODOS Número de casos e óbitos por covid-19 foram extraídos do painel público do Ministério da Saúde, conforme semana epidemiológica (SE) e região geográfica. Dados sobre vacinas e variantes foram obtidos, respectivamente, do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações e do Sistema de Vigilância Genômica do SARS-CoV-2. RESULTADOS A evolução da pandemia de covid-19 caracterizou-se por três picos de óbitos: na 30ᵃ semana epidemiológica de 2020, na 14ᵃ de 2021 e na sexta de 2022; três ondas de casos, iniciando-se nas regiões Norte e Nordeste, com maiores taxas na terceira onda, principalmente na região Sul. A vacinação teve início na terceira semana epidemiológica de 2021, atingindo rapidamente a maior parte da população, particularmente nas regiões Sudeste e Sul, coincidindo com redução da taxa de mortalidade, mas não de morbidade na terceira onda. No total, 146.718 genomas foram sequenciados, mas somente a partir do início da segunda onda, na qual a variante dominante foi a Gama. A partir da última SE de 2021, quando a cobertura vacinal já se aproximava de 70%, a variante Ômicron causou uma avalanche de casos, porém com menos óbitos. CONCLUSÕES É nítida a presença de três ondas de covid-19, bem como o efeito da imunização na redução da mortalidade na segunda e na terceira ondas, atribuídas às variantes Delta e Ômicron, respectivamente. Contudo não houve efeito na redução da morbidade, que atingiu o pico na terceira onda, na qual dominou a variante Ômicron. O comando nacional e centralizado do enfrentamento à pandemia não ocorreu; assim, os gestores locais assumiram a liderança em seus territórios. O efeito avassalador da pandemia poderia ter sido minimizado, caso houvesse a participação coordenada das três esferas de governo no SUS.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Indicadores de Morbimortalidade , Cobertura Vacinal , Disparidades nos Níveis de Saúde , COVID-19/prevenção & controle , COVID-19/epidemiologia
3.
Saúde debate ; 46(134): 665-681, 2022. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1410151

RESUMO

RESUMO Existe ampla evidência que a contenção da pandemia de Covid-19 requer vigilância sindrômica e isolamento de casos suspeitos/confirmados. É essencial a disponibilidade de testes diagnósticos no Sistema Único de Saúde, que poderia ser facilitada pela soberania nacional no desenvolvimento e produção, considerando-se a alta demanda/escassez no mercado internacional. Este estudo identificou as etapas da pesquisa translacional de testes diagnósticos para Covid-19 no Brasil, verificando sua distribuição geográfica, entre outros indicadores. Estudo transversal, exploratório, partindo de banco público com 789 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em Covid-19, complementado com outras buscas, inclusive no CVLattes dos pesquisadores. No banco, havia 89 projetos de testes diagnósticos. Em 45 casos, foi possível obter informações complementares para classificá-los conforme as etapas da pesquisa translacional. Identificaram-se 15 inovações que atingiram o estágio T3, ou seja, tiveram seus produtos incorporados em protocolos clínicos na atenção à saúde, mesmo considerando-se as profundas restrições orçamentárias em PD&I. O Brasil possui potencial de desenvolvimento e implementação de produtos tecnológicos na área de testes de diagnóstico para Sars-CoV-2. Políticas públicas de PD&I em saúde necessitam ser priorizadas para ampliação de cooperações nacionais e internacionais, a fim de promover efetiva autonomia nacional na vigilância sindrômica e à saúde da população.


ABSTRACT There is much evidence suggesting that mitigating the COVID-19 pandemic requires syndromic surveillance and isolation of suspected/confirmed cases. The availability of diagnostic tests in the Brazilian Unified Health System (SUS) is essential, which could be facilitated by national sovereignty in development and production, considering the high demand/lack of supply in the international market. This study identified the stages of translational research into diagnostic tests for COVID-19 in Brazil, verifying their geographic distribution, among other indicators. A cross-sectional, exploratory study based on a public database with 789 Research, Development, and Innovation (RD&I) projects regarding COVID-19, complemented by other searches, including the researchers' curricula (CVLattes). There were 89 diagnostic test projects in the database. In 45 cases, it was possible to obtain additional information to classify them according to the translational research stages. Fifteen innovations that reached the T3 stage were identified, with their products incorporated into clinical protocols in healthcare, even considering the deep budget restrictions in RD&I. Brazil has the potential to develop and implement technological products in the field of diagnostic tests for SARS-CoV-2. Public health RD&I policies need to be prioritized to expand national and international cooperation to promote effective national autonomy in syndromic surveillance and population health.

4.
Saúde debate ; 46(134): 682-692, 2022. graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1410154

RESUMO

RESUMO Este estudo descreve aspectos epidemiológicos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19 e óbitos por Covid-19 em crianças (0-9 anos de idade) e adolescentes (10-19 anos de idade). As fontes de dados, de 2020-2021, foram os Sistemas de Vigilância Epidemiológica para SIM-P e de Informação sobre Mortalidade para Covid-19, gerenciados pelo Ministério da Saúde. Foram notificados 1.503 casos, mais frequentes em crianças (77%) do que em adolescentes (23%); e 93 óbitos por SIM-P em 26 das 27 Unidades da Federação. O maior número de casos em crianças foi notificado em São Paulo (268), contudo, a maior incidência ocorreu no Distrito Federal (7,8/100 mil habitantes). A proporção de óbitos por SIM-P foi 5,4% em crianças e 8,7% em adolescentes. No período avaliado, houve 2.329 óbitos por Covid-19 em menores de 20 anos de idade, com maior taxa em adolescentes (4,4/100 mil habitantes) do que em crianças (2,7/100 mil habitantes), com maiores taxas em Roraima. Recomenda-se intensificação da imunização contra Covid-19 nessa população, aumentando a proteção contra os efeitos negativos dessa doença e da SIM-P, que podem apresentar consequências em curto, médio e/ou longo prazo, de modo a não comprometer a inserção plena destes cidadãos na sociedade.


ABSTRACT This study describes epidemiological aspects of the Multisystemic Inflammatory Syndrome in Children (MIS-C) associated with COVID-19 and mortality by COVID-19 in children (0-9 years old) and adolescents (10-19 years old). The data sources, for 2020-2021, were the Epidemiological Surveillance System for MIS-C and Mortality Information System for COVID-19, both managed by the Ministry of Health. There were 1,503 cases, more frequent in children (77%) than in adolescents (23%), and 93 reported deaths due to MIS-C in 26 of the 27 States of the Country. The highest number of cases in children was reported in São Paulo (268), but the highest incidence took place in the Federal District (7.8 per 100,000 inhabitants). The rate of deaths due to MIS-C was 5.4% in children and 8.7% in adolescents. There were 2,329 deaths due to COVID-19 in the population under 20 years old, with a higher rate in adolescents (4.4 per 100,000 inhabitants) than in children (2.7); the highest rate occurred in Roraima. We recommend intensifying immunization against COVID-19 in such population, increasing protection against the negative effects of COVID-19 and MIS-C, which may have short, medium and/or long-term consequences, so as not to compromise the full integration of these citizens into society.

5.
Saúde debate ; 46(134): 630-647, 2022. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1410159

RESUMO

ABSTRACT The COVID-19 pandemic reinforced the need for global efforts to grant universal health coverage and access, which imposes management challenges for Primary Health Care (PHC). This study aimed to develop and apply an instrument to assess the PHC Units' responsiveness to COVID-19, based on co-production efforts between university researchers and PHC technical teams. The instrument composed of two modules, included identification, operating hours, workforce, work process, structure, equipment, furniture, supplies, Personal Protection Equipment (PPE), Symptomatic Respiratory Patient (SRP) examinations and follow-up, information, surveillance, integration, communication, and management. All the 165 PHC Units in Brasília were invited to complete the instrument. Main results: there was physical structure adaptation (adequate configuration of waiting rooms, internal and external spaces allowing safe distance); provision of PPE and COVID-19 tests; active search for SRP/COVID-19 suspects by phone, mobile or home visits; monitoring flows of patient transfer and telehealth implementation. In conclusion, the PHC Units reorganized their services to meet the demands of the pandemic context. Providing information about structure and responsiveness of PHC Units may subside health systems for planning and decision-making at different levels of management, which is crucial to determine strategies to empower and reinforce PHC responsivity in situations of pandemics and other calamities.


RESUMO A pandemia de Covid-19 reforçou a necessidade de esforços globais para garantir cobertura e acesso universal à saúde, impondo desafios na gestão da Atenção Primária à Saúde (APS). Este estudo objetivou desen- volver e aplicar um instrumento de avaliação da responsividade das Unidades Básicas de Saúde (UBS) diante da Covid-19, baseado na coprodução entre pesquisadores universitários e equipes técnicas da APS. O instrumento, dividido em dois módulos, incluiu identificação; horário de funcionamento; processo de trabalho; estrutura física, equipamentos, mobiliário, suprimentos e Equipamentos de Proteção Individual (EPI); atendimento, exames e acompanhamento de Usuários Sintomáticos Respiratórios (USR); vigilância, integração, comunicação e gestão. Todas as 165 UBS foram convidadas a completar o instrumento. Principais resultados: houve readequação da estrutura física (salas de espera, espaços internos/externos); fornecimento de EPI e de testes Covid-19, busca ativa de USR/suspeitos Covid-19 por telefone/visitas domiciliares, monitoramento de fluxos de transferência de pacientes e telessaúde. Concluindo, as UBS reorganizaram seus serviços para atender necessidades da pandemia. Fornecer informações sobre estrutura e capacidade de resposta das UBS pode subsidiar sistemas de saúde para planejamento e tomada de decisões, em diferentes níveis de gestão, crucial para determinar estratégias para reforçar a responsividade da APS em situações de pandemias e outras calamidades.

6.
Int J Infect Dis ; 113: 162-165, 2021 Dec.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-34607016

RESUMO

OBJECTIVES: To describe the profile of hospital deaths in Brazil according to cause of admission during the pre-pandemic (2019) and pandemic periods (2020). METHODS: Descriptive study based on individual-level records of all hospital admissions with death outcomes reimbursed by the Brazilian National Health System in 2019 and 2020. RESULTS: The number of hospital deaths increased by 16.7% in 2020 compared with 2019 (522,686 vs 609,755). Coronavirus disease 2019 (COVID-19) was associated with 19.5% (118,879) of all hospital deaths in 2020, surpassing diseases of the circulatory system (15.4%, 93,735) and diseases of the respiratory system (14.9%, 91,035). CONCLUSIONS: COVID-19 was the main cause of death in public hospitals in Brazil in 2020.


Assuntos
COVID-19 , Brasil/epidemiologia , Hospitais Públicos , Humanos , Saúde Pública , SARS-CoV-2
7.
Preprint em Português | SciELO Preprints | ID: pps-2316

RESUMO

The aim of this study is to support health management, with recent and reliable information, during the COVID-19 pandemic.  Notified and confirmed cases and deaths by COVID-19 were evaluated from three public databases. 1)  Data from the Coronavirus Panel of the Ministry of Health, updated daily, show the existence of two epidemic waves. 2)  The Civil Registry Transparency Portal, also with recent data, points to high mortality rates of COVID-19, especially in older age groups. 3)  The cases, reported by the Information System of the Epidemiological Surveillance of Influenza (Sivep-gripe), confirmed mainly by laboratory test, show predominance of men, high age groups, white race/color, residence in urban areas, presence of comorbidities, higher occurrence of hospitalization and lower use of intensive care unit. This last database, in addition to the first wave, records only the first eight epidemiological weeks of the second wave.  The vertiginous rate of increase in cases and deaths in the second wave points to the need for more drastic measures of social distancing, in addition to the expansion of vaccination against COVID-19. The combination of the three banks expands information that can support timely decision-making.


O objetivo deste estudo é apoiar a gestão em saúde, com informações recentes e confiáveis, durante a pandemia de COVID-19. Casos notificados e confirmados e óbitos por COVID-19 foram avaliados a partir de três bancos de dados públicos.1) Dados do Painel Coronavírus do Ministério da Saúde, atualizados diariamente, mostram a existência de duas ondas epidêmicas. 2) O Portal da Transparência do Registro Civil, também com dados recentes, aponta altas taxas de mortalidade do COVID-19, especialmente nas faixas etárias mais velhas. 3) Os casos notificados pelo Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Influenza (Sivep-gripe), confirmados principalmente por exame laboratorial, mostram predominância de homens, faixas etárias elevadas, raça/cor branca, residência em áreas urbanas, presença de comorbidades, maior ocorrência de internação e menor uso de unidade de terapia intensiva. Esta última base de dados, além da primeira onda, registra apenas as primeiras oito semanas epidemiológicas da segunda onda. A vertiginosa taxa de aumento de casos e óbitos na segunda onda aponta para a necessidade de medidas mais drásticas de distanciamento social, além da expansão da vacinação contra o COVID-19. A combinação dos três bancos expande as informações, que podem apoiar a tomada de decisões em tempo oportuno.

8.
Preprint em Português | SciELO Preprints | ID: pps-2069

RESUMO

Objetivos: descrever a evolução temporal da morbidade e mortalidade por COVID-19 e síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica temporalmente associada à COVID-19, a SIM-P, em crianças e adolescentes brasileiros.   Métodos: Trata-se de estudo descritivo, baseado em dados secundários oficiais. A mortalidade por COVID-19 foi analisada de acordo com os dados do Portal da Transparência do Registro Civil. A morbimortalidade por SIM-P foi verificada a partir de boletins epidemiológicos estaduais e federal. Resultados: no período de um ano registraram-se 2.346 óbitos por COVID-19 em crianças e adolescente. Do total, 78% são óbitos entre adolescentes, que vem aumentando exponencialmente em 2021, na segunda onda da epidemia. A taxa de mortalidade por COVID-19 nas crianças foi de 1,8 por 100 mil habitantes, enquanto em adolescentes foi três vezes maior (5,6 por 100 mil habitantes). A SIM-P foi notificada em 26 das 27 Unidade da Federação e 77% dos casos incidem em menores de 10 anos. Conclusões: o aumento da morbimortalidade por COVID-19 em crianças e adolescentes   reforça a necessidade de medidas drásticas de contenção da epidemia. A COVID-19 apresenta consequências a curto e longo prazo, podendo comprometer a saúde de crianças e adolescentes, além de interferir no seu desenvolvimento integral, atividade física, socialização adequada, desempenho escolar e, futuramente, na sua inserção plena na sociedade.


O objetivo do estudo é caracterizar o perfil de morbimortalidade por COVID-19 e síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica temporalmente associada à COVID-19 (SIM-P) em crianças e adolescentes. Foram analisadas bases de dados e documentos oficiais de 2019 a 2021. O número de óbitos foi obtido do Portal da Transparência do Registro Civil (2020-2021) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (2019). A taxa de mortalidade geral e por COVID-19 padronizada por sexo e faixa etária para cada Unidade da Federação (UF) foi calculada. Os dados sobre a SIM-P foram obtidos a partir de boletins epidemiológicos das UF e do governo federal (2020-2021). No período analisado foram registrados 2.190 óbitos por COVID-19, sendo 77,7% em adolescentes. A taxa de mortalidade geral nas crianças e adolescentes foi de 16,6 por 10 mil habitantes e a de COVID-19 foi 0,3 por 100 mil habitantes; a taxa de mortalidade diferiu entre as UFs e grupos etários. A SIM-P foi notificada em 24 das 27 UFs em 2020-2021, com maior incidência no Distrito Federal. Discute-se a recomendação de qualificação profissional para o diagnóstico e assistência de casos de SIM-P no Brasil. Urgem medidas drásticas de contenção da epidemia, especialmente em adolescentes, cujo número de mortes vem se sobrepondo a cada dia. Há divergência sobre a segurança de aulas presenciais, pois com epidemia fora de controle a aglomeração de jovens deve ser evitada. A COVID-19 tem consequências a curto e longo prazo, podendo comprometer a saúde de crianças e adolescentes, interferindo no seu desenvolvimento integral, na socialização adequada, no desempenho escolar e, futuramente, na sua inserção plena na sociedade.

9.
Preprint em Português | SciELO Preprints | ID: pps-1862

RESUMO

The purpose of this article is to compare the evolution of COVID-19 in Manaus and Fortaleza, two epicenters of the pandemic in 2020, analyzing legal measures by local governments and levels of social isolation. An algorithm was defined to calculate the Homestay Index (HSI), using data from the Google Mobility Report. The Decree's timeline, the HSI evolution, the incidence of COVID-19 and the number of deaths from March/2020 to January/2021 were analyzed. The population of Fortaleza was exposed to more consistent measures of social distance, than those of Manaus. Longer homestay was observed from March to May 2020 and Fortaleza achieved higher and more lasting levels. As of June 2020, the HSI fell, notably in Manaus, reaching levels below zero in late December. As an aggravating factor, the government decreed ample isolation in Manaus on December 23/2020, but after protests, it repeals it on December 26/2020. A Judicial Decision determines the complete closure in Manaus on January 02/2021, but it was too late: SUS collapses with an exponential increase in deaths. In Fortaleza, the demand for health services is high, but under control. We consider that only the strict application of non-pharmacological measures and mass immunization can prevent further deaths.


O objetivo desse artigo é comparar o comportamento do COVID-19 em Manaus e Fortaleza, dois epicentros da pandemia em 2020, analisando medidas legais dos governos locais e níveis de isolamento social. Definiu-se um algoritmo para calcular o Índice de Permanência Domiciliar (IPD), com dados do Google Mobility Report. Analisou-se a linha do tempo dos Decretos, a evolução do IPD, da incidência de COVID-19 e do número de óbitos de março / 2020 a janeiro / 2021. A população de Fortaleza esteve exposta a medidas de distanciamento social mais consistentes que as de Manaus. Maior permanência domiciliar foi observada de março a maio de 2020 e Fortaleza atingiu níveis mais elevados e duradouros. A partir de junho o IPD caiu, sobretudo em Manaus, atingindo níveis abaixo de zero no final de dezembro. Como agravante, o governo decreta amplo isolamento em Manaus em 23/12/2020, mas após protestos, revoga-o em 26/12/2020. Uma Decisão Judicial determina o fechamento completo em Manaus em 01/02/2021, mas foi tarde demais: o SUS entra em colapso com aumento exponencial dos óbitos. Em Fortaleza a demanda por serviços de saúde está elevada, mas sob controle.

10.
Preprint em Português | SciELO Preprints | ID: pps-1849

RESUMO

Objective: To investigate the flows of hospitalizations for COVID-19 in the 450 regions and 117 Brazilian health macro-regions between March and October 2020. Method: Descriptive study, comprising all hospitalizations due to COVID-19 registered in the Flu Epidemiological Surveillance Information System (SIVEP-Gripe) between the 8th and 44th epidemiological weeks of 2020. The proportion of hospitalizations for COVID-19 occurred within same health region of residency was calculated, stratified according to periods of greater and lesser demand for health care, according to the population size of health regions. The indicator of migratory efficacy was calculated, which takes into account the evasion and invasion of patients, by crossing the data of origin of the patients (health region of residence) with the data of the place of hospitalization (health region of attendance). Results: 397,830 admissions were identified for COVID-19 in the period. Evasion was 11.9% of residents in health regions and 6.8% in macro-regions, pattern that was maintained during the peak period of hospitalizations for COVID-19. There was an average of 17.6% of evasion of residents of health regions in the Northeast and of 8.8% in health regions of the South. Evasion was more accentuated in health regions with up to 100 thousand / inhabitants (36.9%), which was 7 times greater than that observed in health regions with more than 2 million / inhabitants (5.2%). The negative migratory efficacy indicator (-0.39) indicated a predominance of evasion. Of the 450 Brazilian health regions, 117 (39.3%) had a coefficient of migratory efficacy between -1 and -0.75 and 113 (25.1%) between -0.75 and -0.25. Conclusion: The results indicate that the regionalization of the health system proved to be adequate in the organization of care in the territory, however the long distances traveled are still worrying.


Objetivo: Investigar os fluxos de internações por COVID-19 nas 450 regiões e 117 macrorregiões de saúde brasileiras no período de março a outubro de 2020. Método: Estudo descritivo, compreendendo todas as internações por COVID-19 registradas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) entre a 8ª e a 44ª semanas epidemiológicas de 2020. Foi calculada a proporção das internações por COVID-19 realizadas pelos residentes que ocorreram dentro da sua respectiva região de saúde, estratificado segundo períodos de maior e menor demanda de internações e segundo o porte populacional das regiões de saúde. Foi calculado o indicador de eficácia migratória, que leva em consideração a evasão e invasão de pacientes, por meio do cruzamento dos dados de origem dos pacientes (região de saúde de residência) com os dados do local da realização das internações (região de saúde de atendimento). Resultados: Foram identificadas 397.830 internações por COVID-19 no Brasil. A evasão foi de 11,9% dos residentes nas regiões de saúde e de 6,8% nas macrorregiões; o padrão que se manteve também no período de pico das internações por COVID-19. Houve em média 17,6% de evasão dos residentes das regiões de saúde do Nordeste e de 8,8% nas regiões de saúde do Sul. A evasão foi mais acentuada nas regiões de saúde com até 100 mil/hab. (36,9%), a qual foi 7 vezes maior que a verificada nas regiões de saúde com mais de 2 milhões/habitantes (5,2%). O indicador de eficácia migratória negativo (-0,39) indicou predomínio da evasão. Das 450 regiões de saúde brasileiras, 117 (39,3%) apresentaram coeficiente de eficácia migratória entre -1 e -0,75 e 113 (25,1%) entre -0,75 e -0,25. Conclusão: Os resultados indicam que a regionalização do sistema de saúde mostrou-se adequada na organização do atendimento no território, porém as longas distâncias percorridas ainda são preocupantes

11.
Preprint em Português | Fiocruz Preprints | ID: ppf-55345

RESUMO

Objetivo: Investigar os fluxos de internações por COVID-19 nas 450 regiões e 117 macrorregiões de saúde brasileiras no período de março a outubro de 2020. Método: Estudo descritivo, compreendendo todas as internações por COVID-19 registradas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) entre a 8ª e a 44ª semanas epidemiológicas de 2020. Foi calculada a proporção das internações por COVID-19 realizadas pelos residentes que ocorreram dentro da sua respectiva região de saúde, estratificado segundo períodos de maior e menor demanda de internações e segundo o porte populacional das regiões de saúde. Foi calculado o indicador de eficácia migratória, que leva em consideração a evasão e invasão de pacientes, por meio do cruzamento dos dados de origem dos pacientes (região de saúde de residência) com os dados do local da realização das internações (região de saúde de atendimento). Resultados: Foram identificadas 397.830 internações por COVID-19 no período. A evasão foi de 11,9% dos residentes nas regiões de saúde e de 6,8% nas macrorregiões; o padrão que se manteve também no período de pico das internações por COVID-19. Houve em média 17,6% de evasão dos residentes das regiões de saúde do Nordeste e de 8,8% nas regiões de saúde do Sul. A evasão foi mais acentuada nas regiões de saúde com até 100 mil/hab. (36,9%), a qual foi 7 vezes maior que a verificada nas regiões de saúde com mais de 2 milhões/habitantes (5,2%). O indicador de eficácia migratória negativo (-0,39) indicou predomínio da evasão. Das 450 regiões de saúde brasileiras, 117 (39,3%) apresentaram coeficiente de eficácia migratória entre -1 e -0,75 e 113 (25,1%) entre -0,75 e -0,25. Conclusão: Os resultados indicam que a regionalização do sistema de saúde mostrou-se adequada na organização do atendimento no território, porém as longas distâncias percorridas ainda são preocupantes.


Assuntos
COVID-19 , Hospitalização , Transferência de Pacientes , Regionalização da Saúde
12.
Saúde debate ; 45(131): 1126-1139, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1352222

RESUMO

ABSTRACT This article aims to compare the evolution of Covid-19 in Manaus and Fortaleza, two epicenters of the pandemic in 2020, analyzing legal measures by local governments and levels of social isolation. An algorithm was defined to calculate the Homestay Index (HSI), using data from the Google Mobility Report. We analyzed the decree's timeline, the HSI evolution, the Covid-19 incidence and the number of deaths from March/2020 to January/2021. The population of Fortaleza was exposed to more consistent measures of social distancing than that of Manaus. Longer homestay was observed from March to May 2020 and Fortaleza achieved higher and more lasting levels. As of June 2020, the HSI fell, notably in Manaus, reaching levels below zero in late December. As an aggravating factor, the government decreed broad isolation in Manaus on December 23, 2020, but after protests it was repealed on December 26, 2020. A judicial decision determined the complete closure in Manaus on January 2nd 2021, but it was too late: the SUS collapsed with an exponential increase in deaths. In Fortaleza, the demand for health services was high, but under control. We consider that only the strict application of non-pharmacological measures and mass immunization can prevent further deaths.


RESUMO Objetivou-se comparar o comportamento da Covid-19 em Manaus e Fortaleza, dois epicentros da pandemia em 2020, analisando medidas legais dos governos locais e níveis de isolamento social. Definiu-se um algoritmo para calcular o Índice de Permanência Domiciliar (IPD), com dados do Google Mobility Report. Analisaram-se a linha do tempo dos decretos, a evolução do IPD, da incidência de Covid-19 e do número de óbitos de março/2020 a janeiro/2021. A população de Fortaleza esteve exposta a medidas de distanciamento social mais consistentes que as de Manaus. Foi observado, de março a maio de 2020, uma maior permanência domiciliar, e Fortaleza atingiu níveis mais elevados e duradouros. A partir de junho, o IPD caiu, sobretudo em Manaus, atingindo níveis abaixo de zero no final de dezembro. Devido a isso, o governo decretou amplo isolamento em Manaus em 23/12/2020, mas após protestos, revogou-o em 26/12/2020. Uma decisão judicial determinava o fechamento completo em Manaus em 02/01/2021, mas foi tarde demais: o SUS entrou em colapso com aumento exponencial dos óbitos. Em Fortaleza, a demanda aos serviços de saúde estava elevada, mas sob controle. Considerou-se que somente a aplicação rigorosa de medidas não farmacológicas e imunização em massa poderiam evitar mais mortes.

13.
Saúde debate ; 45(131): 1111-1125, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1352227

RESUMO

ABSTRACT The study aims to investigate the flows of Covid-19 hospitalizations in the 450 Brazilian health regions and 117 health macro-regions between March and October 2020. This descriptive study includes all Covid-19 hospitalizations registered in the Influenza Epidemiological Surveillance Information System between the eighth and forty-fourth epidemiological weeks of 2020. In Brazil, 397,830 admissions were identified for Covid-19. Emigration was 11.9% for residents in health regions and 6.8% in macro-regions; this pattern was also maintained during the peak period of Covid-19 hospitalizations. The average evasion for residents of health regions was 17.6% in the Northeast and 8.8% in the South. Evasion was more accentuated in health regions with up to 100 thousand inhabitants(36.9%), which was 7 times greater than that observed in health regions with more than 2 million inhabitants (5.2%). The negative migratory efficacy indicator (-0.39) revealed a predominance of evasion. Of the 450 Brazilian health regions, 117 (39.3%) had a coefficient of migratory efficacy between-1 and-0.75, and 113 (25.1%) between-0.75 and-0.25. Results indicate that the regionalization of the health system exhibited adequate organization of healthcare in the territory; however, the long distances traveled are still worrisome.


RESUMO Objetivou-se investigar os fluxos de internações por Covid-19 nas 450 regiões e 117 macrorregiões de saúde brasileiras, de março a outubro de 2020. Realizou-se estudo descritivo, compreendendo todas as internações por Covid-19 registradas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe entre a 8ª e a 44ª semanas epidemiológicas de 2020. Identificaram-se 397.830 internações por Covid-19 no Brasil. A evasão foi de 11,9% dos residentes nas regiões de saúde e de 6,8% nas macrorregiões; padrão que se manteve no período de pico das internações por Covid-19. Houve, em média, 17,6% de evasão dos residentes das regiões de saúde do Nordeste e de 8,8% das do Sul. A evasão foi mais acentuada nas regiões de saúde com até 100 mil/hab. (36,9%), a qual foi 7 vezes maior que a verificada naquelas com mais de 2 milhões/habitantes (5,2%). O indicador de eficácia migratória negativo (-0,39) indicou predomínio da evasão. Das 450 regiões de saúde brasileiras, 117 (39,3%) apresentaram coeficiente de eficácia migratória entre-1 e-0,75; e 113 (25,1%), entre-0,75 e-0,25. Os resultados indicam que a regionalização do sistema de saúde mostrou-se adequada na organização do atendimento no território, porém, as longas distâncias percorridas ainda são preocupantes.

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